Uma política cultural cidadã e democrática passa em primeiro lugar pelo respeito às múltiplas formas de cultura desenvolvidas nos quatro cantos da cidade. É necessário dar apoio e incentivo aos coletivos e grupos locais que já estão trabalhando, garantindo todas as condições necessárias para que se expandam e fortaleçam através de linhas de fomento. Da mesma forma, permitir que esses trabalhos possam circular através da ocupação dos espaços públicos de cultura na cidade é uma boa forma de expressar a diversidade ribeirãopretana. Levar a cultura do centro para a periferia e a cultura da periferia para o centro.

Revitalizar e adaptar todos os equipamentos públicos culturais da cidade precisa ser uma prioridade. Mais ainda: através dos conselhos municipais, é necessário fazer um levantamento junto aos movimentos de toda a demanda reprimida e traçar um plano ambicioso de expansão através de investimento público. Há muito o que se fazer quando se trata de cultura em Ribeirão Preto e são muitas pessoas que pensam nisso todos os dias. Queremos ouvir todas e todos, tendo como prioridade o acesso dos mais pobres aos bens culturais hoje elitizados, seja por causa das distâncias, seja por causa dos preços. Por um novo tempo da cultura em Ribeirão Preto, propomos:

● Não à privatização da gestão das fábricas de cultura;

● Lutar pela criação e manutenção de centros culturais voltados para a preservação e promoção da cultura negra. Organização de festivais, exposições e eventos que celebrem a cultura afro-brasileira e incentivem a participação da comunidade;

● Mais equipamentos de cultura na periferia (como praças, pista de skate populares);

● Vale cultura municipal financiado pela prefeitura e oferecido à juventude mais pobre;

● Por uma gestão democrática do carnaval de rua que a folia seja popular e nos quatro cantos da cidade;

● Editais com critérios abertos e democráticos para o fomento dos coletivos culturais.